Portugueses mostraram o seu valor ao longo dos últimos doze meses
Está encerrada a temporada internacional competitiva da World Surf League (WSL) de 2017. Ao longo dos últimos doze meses, muitos foram os surfistas que envergaram a bandeira portuguesa um pouco por todo o Mundo, mostrando o valor que o surf nacional tem no contexto internacional.
Em maior destaque esteve Frederico Morais, único surfista português no circuito mundial de surf, que terminou a temporada no 14º lugar do ranking mundial, neste que foi o seu ano de estreia entre a elite. No seu palmarés competitivo de 2017, destaca-se o 2º lugar na etapa sul-africana do circuito e os dois 5º obtidos em Bells Beach, na Austrália, e na Califórnia.
Do lado feminino, a bicampeã nacional Carol Henrique foi quem esteve em maior destaque ao trazer para Portugal um título nunca antes obtido por uma portuguesa, o de campeã europeia da WSL. Para este título, muito contribuiu a vitória na prova de categoria 1500 do WQS, circuito mundial de qualificação, no País Basco, em Espanha, em Abril passado.
Ainda nas senhoras, Teresa Bonvalot, com duas vitórias no circuito, revalidou o título de campeã europeia júnior (JQS), apurando-se assim para o campeonato mundial da categoria, a acontecer no próximo mês de Janeiro. A surfista de Cascais também mostrou o seu valor na etapa portuguesa do circuito mundial feminino, onde ficou em 9º lugar depois de eliminar a campeã mundial.
Novamente no lado masculino do surf lusitano, o campeão nacional Vasco Ribeiro terminou o ano em 32º lugar no ranking mundial de qualificação, um lugar que não reflete verdadeiramente quão próximo o surfista do Estoril esteve de se qualificar para o circuito mundial do novo ano (esteve a dois heats, na última prova do ano, de o conseguir). No ano de Ribeiro, destaca-se o 5º lugar obtido na África do Sul, numa prova de categoria 10.000, a categoria máxima do circuito mundial de qualificação.
Ainda no circuito mundial de qualificação masculino, importa realçar o 3º lugar obtido por Nicolau Von Rupp nas Filipinas, numa prova de categoria 3000, e o 3º lugar de Pedro Henrique, em Israel, numa prova de categoria 1500.
Também nas ondas grandes esteve representado o surf português, com o algarvio Alex Botelho a surpreender as hostes internacionais ao ficar em 5º lugar no Puerto Escondido Challenge, primeira etapa do circuito mundial de ondas grandes (BWT), onde João de Macedo também compete.
Com resultados dignos de nota, destaca-se ainda a cascalense Camilla Kemp, 6ª no raking europeu, destacando-se no seu currículo de 2017 o 3º lugar obtido na prova basca de 1500 pontos.
Também na esfera europeia, a algarvia Yolanda Hopkins terminou 2017 com o seu melhor resultado internacional de sempre, 2º lugar, na prova marroquina de categoria 1500 pontos.
No circuito júnior europeu, destaque para a ascendência de Mafalda Lopes e Afonso Antunes. Ambos ficaram por duas vezes em 5º lugar, tendo a surfista capariquense ficado no 7º lugar do ranking e o surfista da Ericeira na 9ª posição.
Rankings 2017
World Tour: Frederico Morais, 14º;
WQS feminino: Carol Henrique, 26ª (1ª no ranking europeu); Teresa Bonvalot, 30ª (25ª no ranking europeu); Camilla Kemp 67ª, (6ª no ranking europeu); Yolanda Hopkins, 120ª (10ª no ranking europeu);
WQS masculino: Vasco Ribeiro, 32º (4º no ranking europeu); Pedro Henrique, 156º (7º no ranking europeu);
JQS europeu feminino: Mafalda Lopes, 7ª;
JQS europeu masculino: Afonso Antunes, 9º;
Big Wave Tour: Alex Botelho, 9º; João de Macedo, 21º;
Ao longo de 2017, competiram nos circuitos da World Surf League mais de 60 surfistas portugueses. A todos eles e àqueles que se preparam para abraçar desafios internacionais em 2018, a Associação Nacional de Surfistas endereça desesjos de boa sorte e boas ondas.
Mais informações em www.ansurfistas.com e www.worldsurfleague.com.
Publicado por Associação Nacional de Surfistas em Quinta-feira, 21 de Dezembro de 2017