Carol Henrique segue isolada na liderança do circuito e Pedro Henrique estreia-se nas vitórias
O Sumol Porto Pro, terceira etapa da Liga MOCHE 2016, terminou no passado fim-de-semana depois de dois dias de competição recheados de surpresas, vitórias inéditas e confirmações de intenções.
Diz-nos a história recente da Liga que a etapa do Porto é marcante para o desfecho da principal competição nacional de surf. Ao ser a terceira etapa, o Sumol Porto Pro marca a viragem da época, reduz a margem de manobra para aqueles que ambicionam ser campeões e aponta os favoritos do ranking.
Pedro Henrique, 34 anos, vencedor da categoria masculina do Sumol Porto Pro, é um dos favoritos ao título nacional. Dois anos depois de se ter estreado na Liga MOCHE, foi também no Porto que o surfista de Cascais conseguiu a sua primeira vitória de sempre na Liga. “Fui para este campeonato com o intuito de treinar e ganhar ritmo para as próximas etapas do circuito mundial de qualificação, nomeadamente a do Japão, que é disputada em condições muito semelhantes às que tivemos em Leça. Por isso, queria muito pôr em prática o treino que tenho vindo a fazer. Fiquei muito contente por me ter adaptado tão bem e mais ainda num campeonato tão competitivo foi este” refere o surfista de Cascais.
Sendo um competidor experiente, que já passou pela elite mundial, Pedro só sentiu que podia ganhar a prova …quando a ganhou. “Já houve vários campeonatos em que me senti bem e confiante, mas acabei por não vencer e ficar pelo caminho. É lógico que tenho sempre o intuito de vencer e acredito que pode acontecer. Só que o excesso de confiança muitas vezes prejudica os atletas, pode desconcentrar-nos. Cada bateria é uma bateria.” refere o surfista, para quem a final, disputada contra o algarvio Marlon Lipke, foi a melhor bateria que fez ao longo da prova: “O mar estava a cair muito e as ondas a ficar mais curtas. O Marlon começou a bateria muito rapidamente, o que até era a estratégia que tinha definido para mim. Tive de mudar várias vezes de estratégia para conseguir ganhar”.
Nas senhoras, foi Carol Henrique, irmã de Pedro, quem venceu o Sumol Porto Pro, conseguindo assim a sua segunda vitória na Liga MOCHE. “Eu gosto muito do Porto e é um lugar onde me sinto muito confortável. A minha estratégia foi não pensar muito na competição e com quem ia competir. Estava mais focada nas ondas e no posicionamento do mar. Adaptei-me bem às condições diversas que tivemos nos dias e, por isto, consegui vencer” realça a surfista de Cascais, afirmando que a sua melhor bateria foi “nas meias-finais de quatro surfistas. Foi a bateria que decidiu como seria o alinhamento do quadro de competição: se eu tivesse passado em 2º, ia encontrar a Camilla [na altura, co-líder do circuito] nas meias-finais e assim encontrei apenas na final. A minha estratégia resultou” confessa.
Para Carol, o Sumol Porto Pro foi uma etapa “excelente” também no feminino e explica que “apesar de algumas ausências, foi um campeonato bem disputado e com bom nível, como se viu nos heats da Teresa [Bonvalot] e da Camilla [Kemp]” tendo havido até algumas surpresas como “a Mariana Garcia, que chegou às meias-finais”.
Nos homens, Pedro Henrique confessa que gostou de ver Filipe Jervis mas que “não é uma surpresa porque desde a etapa da Costa de Caparica dá para ver que está numa boa fase”.
Quanto a favoritos para a próxima etapa da Liga Moche, na Praia Grande de Sintra, Pedro destaca Nicolau Von Rupp, “que conhece bem aquela onda”, Eduardo Fernandes, “porque venceu no ano passado” e a dupla Frederico Morais e Vasco Ribeiro, “que são surfistas excelente e são sempre favoritos”. Fruto dos resultados recentes, Carol Henrique arrisca dizer que “sou favorita” mas põe “todo o Top 4” no mesmo patamar.
Graças às suas vitórias no Sumol Porto Pro, Pedro Henrique subiu ao segundo lugar do ranking da Liga MOCHE. Já Carol deixou de partilhar o primeiro lugar com Camilla Kemp e é agora líder isolada da categoria feminina.
A próxima etapa da Liga MOCHE será na Praia Grande de Sintra, entre os dias 3 e 5 de Junho.
Resultados finais da prova
Final masculina: Pedro Henrique, 12.85 vs Marlon Lipke, 12.05;
Final feminina: Carol Henrique, 12.85 vs Camilla Kemp, 11.1;
Ramirez Júnior Award (sub18 feminino): Teresa Bonvalot;
Renault Expression Session: Elohe Alvarez;
Em 2016, a premiação global da Liga Moche é superior a 80.000€ anuais e, para além dos títulos nacionais, encontram-se também em disputa o Ramirez Junior Award, que nesta etapa será atribuído à melhor surfista sub-18 feminina, e a Renault Expression Session, ambos atribuindo 2.500€ anuais.
Todas as etapas da Liga MOCHE contam com a transmissão em direto e com toda a qualidade da fibra MEO em liga.moche.pt, app mobile Surf MOCHE e MEO Kanal 202020, juntando-se ainda os programas de antevisão e resumo na RTP1 e Bola TV.
A Liga MOCHE e o Sumol Porto Pro são uma organização da Associação Nacional de Surfistas e da Fire!, com o patrocínio do MOCHE, Sumol, Allianz Seguros, Renault, Ramirez, Red Bull, o apoio local da Câmara Municipal do Porto e da Câmara Municipal de Matosinhos, os parceiros oficiais RTP1, Cidade FM e GO- S.TV e os media partners Diário de Notícias, A Bola, Beachcam, SURFPortugal, ONFIRE, Surftotal e SAPO, e o apoio técnico da Federação Portuguesa de Surf e da Onda Pura.
Créditos das fotos: Pedro Mestre/ANS
RESULTADOS FINAIS:
Masculino
1º Lugar – Pedro Henrique (CRCQL)
2º Lugar – Marlon Lipke (ASC)
3º Lugar – Eduardo Fernandes (ASC)
3º Lugar – Filipe Jervis (SCCS)
Feminino
1º Lugar – Carol Henrique (CRCQL)
2º Lugar – Camilla Kemp (CRCQL)
3º Lugar – Teresa Bonvalot (SCCS)
3º Lugar – Mariana Garcia (SCCS)
Vencedor Renault Expression Session
Elohe Alvarez
Vencedor Ramirez Júnior Award (Sub-18 Feminino)
Teresa Bonvalot